Uma fábula sobre a importância da autenticidade e honestidade nas relações e na liderança. A trama alerta contra a tendência de buscar apenas a concordância e destaca a necessidade de ouvir perspectivas diversas, promovendo uma cultura onde a verdade seja valorizada, mesmo quando contrária à nossa expectativas.
Era uma vez um imperador incrivelmente rico e poderoso que tinha uma peculiaridade: adorava vestir roupas novas o tempo todo.
Ao esgotar todas as opções de tecidos conhecidos, alguns vigaristas decidiram se aproveitar da excentricidade do imperador. Apresentaram-lhe um tecido mágico, tão extraordinário que só as pessoas mais inteligentes e especiais seriam capazes de enxergar. O imperador, cativado, expressou seu desejo ardente por uma roupa com esse tecido.
Os trapaceiros fingiram segurar o tecido no ar, enquanto o imperador, encantado com a suposta beleza, observava. Com gestos no ar, começaram a costurar a túnica, como se estivessem trabalhando com o tecido mágico.
Chegou o momento tão esperado, todos na corte estavam ansiosos. O imperador vestiu a roupa com o tecido mágico, e todos aplaudiram, maravilhados com a beleza nunca antes vista. "...Vossa majestade, está magnífico!...".
Enquanto costuravam, ninguém via nada, mas hesitavam em alegar a verdade, com medo de parecerem "estúpidos". Afinal, teoricamente, apenas os inteligentes poderiam enxergar a roupa. Além disso, quem ousaria desafiar o imperador?
O imperador desfilou pelas ruas, recebendo aplausos e admiração. No meio da multidão, porém, uma criança, que não tinha sido avisada, gritou: "O imperador está nu!"
Essa criança que ousou gritar a verdade é como aquela pessoa na equipe que diz a verdade quando ninguém mais tem coragem, que fala ao chefe o que ele não quer ouvir. Geralmente, quando identificamos essas pessoas, tentamos rotulá-las e encontramos justificativas para excluí-las ou afastá-las do grupo. Tendemos a manter no grupo apenas aqueles que concordam conosco, resultando em uma equipe deficiente com uma visão limitada.
Devido a esse comportamento, corremos o risco de imitar o imperador. No entanto, quando menos esperamos, acabamos andando nu, desprovidos e despreparados. Quando isso ocorre, aqueles que sempre concordaram conosco serão os primeiros a dizer que a decisão foi nossa.
Portanto, um conselho sobre a importância das vozes autênticas na sua equipe: mantenha as "crianças" em sua equipe. Elas são cruciais para evitar que você descubra, de maneira constrangedora, que, na verdade, está nu!
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