Cada vez mais, as organizações estão sendo impelidas a buscar novos formatos de custo para seus negócios, aprimorar a qualidade de produtos e serviços, explorar novas oportunidades de crescimento e aumentar a produtividade.
A uberização de produtos e serviços, o compartilhamento de necessidades e as possibilidades de customização estão forçando os mercados tradicionais a buscar urgentemente uma nova forma de geração de valor para o cliente.
A necessidade de mudança tornou-se um tema imperativo na gestão dos negócios. Mas, mesmo sendo uma necessidade reconhecida, por que falhamos? Como superar a força invisível, mais forte que a gravidade, que constantemente pressiona a linha da inovação de volta ao status quo?
Quem nunca esteve imerso em um processo vibrante de mudanças e, quando menos espera, percebe que estamos fazendo as coisas como sempre foram feitas?
Segue uma pequena lista de alguns erros comuns que identifiquei ao longo destes anos que nos trás lições sobre mudança e inovação.
1 — Complacência Excessiva
Implementar um projeto de mudança sem estabelecer um alto senso de urgência nos gerentes e demais colaboradores é, sem dúvida, um erro fatal, pois a transformação nunca atinge seus objetivos se os níveis de complacência são baixos.
Sem um senso de urgência, as pessoas não se dispõem a empreender aquele esforço extra, tão necessário. Elas não fazem o sacrifício esperado de buscar aprender o novo jeito de fazer as coisas e tendem ao conforto de fazer como sempre foi feito, aderindo ao status quo.
2 — A visão não compartilhada
Certamente, o gestor que empreende um projeto de mudança sabe onde quer chegar, pelo menos é o que se espera. Contudo, ele não conseguirá sozinho; sua visão precisa ser compartilhada com todos os níveis que podem influenciar nas práticas das novas ações.
Nenhum elemento no processo de mudança é tão poderoso e decisivo quanto uma visão clara e sensata. Ela é útil ao ajudar a dirigir, alinhar e inspirar a equipe. Se não sabemos para onde estamos indo, qualquer caminho serve, e, na toca do coelho, cada um escolhe a porta que lhe for conveniente.
3 – Estratégia de Ação com Atividades Paralelas
Com a visão comunicada e o senso de urgência estabelecido, as gerências agora desenvolverão seus planos de ação. Um grande equívoco nessa fase é criar ações que serão executadas de forma paralela, sem correlação com as rotinas já estabelecidas no setor. Dessa forma, o plano de ação torna-se um fardo, uma tarefa adicional feita apenas para agradar à diretoria.
Um plano de ação alinhado com as rotinas diárias do setor auxiliará no seu desenvolvimento, facilitará a realização das atividades e deixará claro o progresso do projeto. Ações alinhadas e implementadas efetivamente são a melhor forma de consolidar cada passo no processo de mudança. Considerar que as novas ações serão simples adições à rotina do setor, sem substituição ou melhoria, é um grave erro do gestor e uma declaração prematura de morte para o processo de mudança.
4 – Promoção e Comunicação de Vitórias a Curto Prazo
As transformações demandam tempo, especialmente quando se lida com práticas antigas. Quanto mais arraigado o modo de fazer as coisas, mais tempo leva para consolidar efetivamente um processo de mudança. Esforços complexos voltados para a estratégia de mudança ou reestruturação de um setor correm o risco de perder o impulso se não houver metas a curto prazo para serem celebradas.
Ter e comunicar vitórias ao longo do processo revigora nos envolvidos o compromisso inicial quando a visão foi comunicada. Eles saberão que estão progredindo, estão no caminho certo. Sem vitórias a curto prazo, muitos funcionários desistirão ou resistirão ativamente.
5 – Declarar Vitória Prematuramente
Após algum tempo, as pessoas podem sentir a tentação de declarar a vitória de um projeto de forma prematura, baseando-se apenas em algumas mudanças físicas, acreditando que o objetivo foi atingido. Um processo de mudança não se resume apenas ao redesenho de processos, reformas físicas ou à implementação de novas ferramentas. Existe um elemento invisível e poderoso chamado "Cultura", que sutilmente se aproveita da ânsia do gestor para, no seu tempo, fazer as coisas retornarem ao formato antigo.
Embora seja bom celebrar uma conquista, qualquer insinuação de que o trabalho está concluído geralmente é um terrível equívoco. Declarar vitória antes do tempo é como cair em um buraco no caminho da mudança significativa.
コメント